Fórum de Desenvolvimento Local do Glicério

Fórum de Desenvolvimento Local do Glicério
O FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL é uma das ações do Projeto Nós do Centro, e incentiva o desenvolvimento da população, sustentado pelas habilidades, potenciais e talentos locais. O objetivo é envolver a comunidade na Construção de um Plano de Desenvolvimento Local por meio de eixos de trabalhos discutidos no Fórum, e, através dessa instância, organizar-se em rede, discutir com os atores locais e executar, coletivamente, o plano de desenvolvimento da Região. Contato: glicerio_forum@ig.com.br

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ata da reunião do Fórum de 28.08 Tema: Revitalização do Viaduto do Glicério

ATA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO DO GLICÉRIO

Tema: Revitalização do Viaduto do Glicério
Data: 28/08/08
Local: EIS GlicérioParticipantes: 43 participantes
Horário: 18h30 as 21h00

APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES:Unidade Gestora, EIS- Glicério, Cooperglicério, Cooper Brasil, Cooper Sampa, Cooper Rua. Banco do Brasil, Associação Muçulmana, Cooper Brasil, Instituto Viva Melhor, MNCR, Instituto Cata Sampa, SENAC, Associação de Moradores do Cambuci, Associação Santo Cristo, Cáritas, Fábrica Cidadania/ Ache e Moradores do Bairro

43 participantes

OBJETIVOS DA REUNIÃO:Conhecer a proposta da Subprefeitura para a revitalização do Viaduto do Glicério

APRESENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DA SUBPREFEITURA

Palestrante Cassiano Gagliano - CASD – Coordenadoria de Assistência Social e Desenvolvimento que atua com projetos em Meio Ambiente, Limpeza e Unidades de Triagens e comercialização.

APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO DO GLICÉRIO

Que se coloca como espaço de promoção e integração dos moradores e da rede local, no intuito de proporcionar o desenvolvimento social e econômico do território do Glicério.

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

§ Cassiano Gagliano explica que em 2007 foi assinado um protocolo de Intenções para viabilizar medidas de incremento à coleta seletiva no município, entre o prefeito Gilberto Kassab e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Esta medida surgiu por conta que mensalmente a prefeitura recolhe cerca de 2,2 mil toneladas de material reciclado em 68 distritos da cidade, e o material é levado para 15 Centrais de Triagem, onde é separado, prensado e comercializado.

§ Cassiano explicou que o espaço da Unidade de Triagem (UTC) será um espaço de transição e formação dos grupos de catadores. A UTC não será um espaço permanente dos grupos de catadores. Após receberem formação e fortalecimento essas cooperativas deverão ser encaminhadas para centrais de triagem.

§ Diante desta realidade, a atual administração municipal decidiu que a Fiesp gestará a Unidade de Triagem (UTC) realizando contato direto de empresas com as cooperativas de catadores de recicláveis . Além disso, a Fiesp também fará capacitação para os catadores da UTC e disponibilizará sob empréstimo equipamentos como esteiras e prensas.

§ O palestrante afirma que a UTC já está sendo construída, e está na segunda fase de acabamento.

§ Segundo o Cassiano nesta central pretende-se receber e atender 130 catadores da região, cadastrá-los, acompanhá-los socialmente, oferecer local para triagem, área para descanso, recebimento de todos os possíveis materiais recicláveis, viabilizar meios mais eficazes para comercialização de resíduos, capacitação e formação para geração de trabalho e renda.


§ Cassiano afirma que o deslocamento dos catadores para a nova área da UTC garante condições mínimas de trabalho. Cassiano explicou que existem diversos projetos que serão implantados abaixo do viaduto do Glicério ocupando o lugar atual das cooperativas. Disse que existem projetos de esporte e cultura, mas não soube explicar quais projetos estão encaminhados para serem aprovados.

§ O palestrante disse que a Cooperativa CooperGlicério será a primeira organização a ocupar o local e também afirma: “o termo de parceria entre prefeitura e FIESP poderá ser consolidada em outubro deste ano”, afirmou o palestrante.

§ Cassiano apresentou também o ECOPONTO , local onde os munícipes destinarão o entulho gerado por construções, demolições e pequenas reformas em prédios ou residências, além dos resíduos sólidos. Galhardo explicou que existem na cidade 30 EcoPontos, e na UTC será um dos locais disponíveis para a entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1 m³), grandes objetos (móveis, poda de árvores etc.) e resíduos recicláveis. Nos EcoPontos, o munícipe poderá dispor o material gratuitamente em caçambas distintas para cada tipo de resíduo.

§ PRINCIPAIS QUESTIONAMENTOS DOS PARTICIPANTES

Cada organização, núcleo ou cooperativa terá seu espaço garantido?
Sim

Como será a divisão do espaço?
Box para triagem manual, administração, guarita, copa, banheiros, local para as esteiras e prensas,acessibilidade, e principalmente o local disposto conforme as regras da ABNT para a devida proteção para o trabalho e trabalhadores.

Como será à disposição dos Banheiros?
O banheiro será de uso coletivo entre todas as cooperativas.

Existe a possibilidade da Recifran fazer a gestão da UTC?
Não. Já existe um termo de intenção firmado com a FIESP para a execução da UTC , e a Recifran continuará a fazer o trabalho social que vem desenvolvendo no território.

Existe o compromisso da próxima gestão em continuar com o programa da UTC?
Acreditamos que não haverá problemas porque todos os governos acreditam que as UTCs funcionam

Qual o tempo de permanência no local?
A permanência vai depender do acordo realizado entre sociedade civil e poder público. Espera-se que após a passagem por esta Unidade , as cooperativas adquiram sua autonomia.

Quais são as pessoas que vão para a UTC?
Apenas os catadores que já foram cadastrados pela subprefeitura.

PERGUNTAS QUE FORAM FORMULADAS APÓS A SAÍDA DO CASSIANO E SERÃO ENCAMINHADAS POR OFÍCIO.


1) Por quê houve alteração do projeto original para a área da CET (Cooperglicério e Coorpel) que era pra ser do PAC e agora virou uma UTC?

2) A Sub-prefeitura está disposta à formalizar o Comitê gestor deliberativo formado pela sociedade civil?

3) Qualquer grupo que aparecer receberá apoio da UTC?

4) Qual o argumento para se escolher a FIESP como entidade que vai gerir a UTC?

5) Como a prefeitura pretende formalizar a parceria com a FIESP na gestão da UTC?

6) Quais serão os projetos instituídos no espaço debaixo do viaduto atualmente ocupado pelas cooperativas?

7) Por quê a Cooperglicério que já é uma cooperativa formada vai para a UTC e não receberá um espaço definitivo? O que falta para a Cooperglicério receber um espaço definitivo da Subprefeitura?


ENCAMINHAMENTOS:

Os participantes do fórum decidiram que pretendem acompanhar de perto os projetos da prefeitura que envolva a área abaixo do viaduto do Glicério.

Esse acompanhamento por parte dos participantes do Fórum se dará com a formação de um comitê gestor que fiscalizará a implantação da Unidade de Triagem do Centro (UTC).

No dia 04 de setembro, às 18h00, acontecerá a reunião do GT Meio Ambiente que terá como pauta a eleição do Conselho Regional de Meio Ambiente Sé e a criação do Comitê Gestor da UTC.

As perguntas que não foram respondidas pelo Cassiano por falta de tempo serão encaminhadas para seu e-mail para que ele possa responder e esclarecer as dúvidas que por ventura ficaram sem respostas.

2 comentários:

Soila Ribeiro disse...

Companheiros!!!!

Outra pergunta que acredito ser pertinente acrescentar é "o que está sendo pensado para os demais cooperados que não estão cadastrados"? porque conforme sabemos existem um número bastante expressivo de famílias na Cooper Brasil e aquele outro grupo vizinho.

Soila Ribeiro
Coordenadora Técnica do Recifran

Soila Ribeiro disse...

A Todos!

Estamos em plena campanha eleitoral e esse fato responde a arbitrária escolha da FIESP para gerir o espaço da CET destinada a Catadores (as) cadastradas pela Prefeitura Municipal de São Paulo.
Não podemos estar dispersos, é momento de disputa política e o atual Governo Municipal imprime forças para a tão falada Revitalização em locais distintos da cidade, em especial onde há uma maior concentração de trabalhadores (as) que residem e trabalham no centro.
Então como iremos enfrentar essas tensões políticas?
Todos nós devemos somar forças para que possamos nos organizar e em unidade irmos para um embate que possibilite a nossa pemanência e inclusão nos espaços onde atuamos.
Chega! Os trabalhadores das Cooperativas estão cansados de serem massas de manobras e reféns dos interesses de alguns políticos.

TRABALHADORES!!!UNI-VOS

SOILA RIBEIRO
COORDENADORA TÉCNICA DO RECIFRAN