Fórum de Desenvolvimento Local do Glicério

Fórum de Desenvolvimento Local do Glicério
O FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL é uma das ações do Projeto Nós do Centro, e incentiva o desenvolvimento da população, sustentado pelas habilidades, potenciais e talentos locais. O objetivo é envolver a comunidade na Construção de um Plano de Desenvolvimento Local por meio de eixos de trabalhos discutidos no Fórum, e, através dessa instância, organizar-se em rede, discutir com os atores locais e executar, coletivamente, o plano de desenvolvimento da Região. Contato: glicerio_forum@ig.com.br

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ata da reunião do Fórum de 26 de março

Tema: REVITALIZAÇÃO DO GLICÉRIO
Data:
26/03/09
Local: EIS Glicério
Participantes: 43 participantes Horário: 16h00 as 18h00
Pauta: Apresentação dos participantes; informe a respeito da elaboração do estatuto do Fórum e apresentação dos temas trabalhados no Fórum, suas respectivas demandas.

Apresentação dos Participantes:

Tivemos presente em nossa reunião um número grande de moradores, seguidos de representantes do poder público, ongs do território, Banco do Brasil, Responsabilidade Social da Empresa Net,o que fez deste Fórum, em especial, o que congregou o maior números de diferentes atores sociais.

Apresentação da proposta de elaboração do estatuto e a constituição da coordenação colegiada.

Fizemos uma breve explanação da importância da participação de mais atores sociais na organização e condução dos Fóruns.

Os presentes foram convidados para participar da reunião que discutirá o Estatuto do Fórum e a constituição da Coordenação Colegiada do Fórum de Desenvolvimento Local do Glicério. A reunião foi marcada para o dia 02 de abril, às 14hs

Apresentação dos temas trabalhados no Fórum, suas respectivas demandas.

O André, agente de desenvolvimento local, fez uma breve retrospectiva com os temas trabalhados e quais foram os encaminhamentos dados. Os temas foram:

Cadeia produtiva da Reciclagem;
Espaço do Viaduto;
Creche;
Cultura e Lazer;
Habitação;
Enchentes.


OBJETIVOS DA REUNIÃO:
Reiteramos o objetivo da reunião do Fórum, que se traduz em possibilitar a articulação de diferentes atores socais, são eles: moradores, poder público e sociedade civil organizada para discutir os principais problemas do bairro que foram levantados pelo Fórum durante o ano de 2008, com vistas à obter um panorama das ações de revitalização do Glicério.

REVITALIZAÇÃO DO GLICÉRIO:

A discussão sobre a revitalização do Glicério desenvolveu-se discutindo os principais problemas levantados pelo Fórum durante o ano de 2008.

- Lixo e cadeia produtiva de reciclagem

Foi feito um histórico do trabalho junto à Cooper Glicério e ressaltado a importância do papel dos catadores para o meio ambiente, como agentes ambientais e caso um dia esta categoria de trabalhadores, por algum motivo deixar de atuar será um caos nas cidades.

- Revitalização do viaduto do Glicério

Informamos que os catadores que se encontravam debaixo do viaduto foram encaminhados, pelo poder público para a UTC – Unidade de Triagem e Comercialização (perto da igreja Deus é Amor). Ressaltamos que parte deles não estão organizados em cooperativa e a proposta da prefeitura é que na UTC, eles possam passar por um processo de formação e se constituam futuramente em cooperativa.

A Cooper Glicério será mantida debaixo do viaduto por um período provisório, até serem transferidos em definitivo para um terreno na sub-prefeitura da Móoca que será a Central de Triagem, e eles estarão sozinhos, sem outras cooperativas, já que os mesmos encontram-se mais organizados.

- Espaços de Cultura e Lazer

Em relação ao espaço debaixo do viaduto há muitas sugestões, entre elas, uma proposta advinda do grupo de jovens da região que consiste em ? .

O assessor do vereador Dalton Silvano, Sr Luís Cláudio Marchezi, trouxe uma proposta, com um projeto arquitetônico, de instalação de quadras poliesportiva. Ficou acertado que a equipe do EIS Glicério articulará uma reunião entre Uninove, Sub Sé e gabinete do vereador para discutir as propostas coletadas entre os moradores e jovens da região.

Habitação:

Comentamos sobre a perspectiva da prefeitura em regulamentar os cortiços, a partir da instituição da Lei Moura, que consiste em responsabilizar os proprietários de cortiços para que os mesmos realizem algumas reformas nos imóveis para torná-los em espaços menos insalubres. Devido a uma grande parte dos imóveis da região estarem em sua maioria em condições irregulares, quanto a questão jurídica, não foi possível darmos continuidade a proposta, pois avaliamos que seria uma ação desastrosa, levantar a demanda e por conseqüência a expectativa e não conseguir atendê-las, pelos motivos já citados acima.

Enchentes

– Há um levantamento geográfico que demonstra, que a região está propensa a enchentes, primeiro por está em uma baixada e por receber os afluentes de alguns rios. Somado esta questão, há ainda o acumulo de lixo, jogado nas calçadas e ruas.

Outro tema abordado foi Creche, fizemos uma retrospectiva, das ações implementadas para a instalação de creches, comentamos da reunião com a Diretora Regional de Ensino da Região do Ipiranga, moradores e ongs que aconteceu no final do ano passado. Apresentamos ainda, o desdobramento desta reunião, que consiste no encaminhamento de uma entidade disposta a conveniar uma creche no território. O nome da entidade é Sociedade de Defesa e Apoio às Comunidades Urbanas, e atualmente é responsável por 4 (quatro) creches na região de Heliópolis. Conforme a orientação da Diretoria Regional de Ensino, o Núcleo de Mobilização direcionou esforços para auxiliar a entidade a encontrar um imóvel apropriado para a instalação da creche, sendo encaminhados os contatos dos corretores da região e três imóveis identificados pelo ADL.

Depois de consolidado estes temas acima citados, abrimos para a plenária, e perguntamos quais os outros temas ainda tem provocado um desconforto e como poderíamos encaminhar as soluções para enfrentá-los.

Assim, os moradores se manifestaram e relataram:

Questão do Lixo


Os pontos levantados em relação ao lixo, foram a questão do descarte e também a postura de alguns catadores que não estão associados a uma cooperativa e atuam de forma autônoma, abrindo de forma inadequado os sacos de lixos que encontram-se jogados nas calçadas. Devido a uma grande parte da população do Glicério residir em moradia coletiva, que possui um espaço restrito, faz com que as pessoas tenham o hábito de levarem os lixos às ruas a todo momento, não tendo condições de aguardarem os horários pré estabelecidos para as coletas.

Os catadores que pertencem a cooperativas organizadas,tais como Cooperglicério e Recifran, foram taxativos em dizer que na verdade os mesmos tem um papel fundamental de educação ambiental, que pegam os resíduos em pontos fixos, e que o papel da categoria é imprescindível para estabelecer as condições de higiene e saúde dos grandes centros urbanos.

Outro ponto abordado é a questão do lixo e cidadania, a importância dos agentes comunitários de saúde fazerem um trabalho com a população alertando das conseqüências das ações inadequadas relacionadas ao descarte, bem como da forma de acondicioná-los, proposta de implantação de lixeiras, horários de recolhimento de lixo e também deve ter uma ação de educação ambiental voltada aos comerciantes.

Um dos catadores presente, secretário geral da Cooperglicério, Sr. Sergio da Silva Bispo, apresentou o número de resíduos coletados na região, que chega a 1 milhão e 200 mil toneladas e está riqueza está saindo do território. Outra catadora, Sra Matunaga, ressaltou que os catadores uniformizados pertencem a cooperativas e prestam um serviço de Educação Ambiental.

Uma moradora e freqüentadora assídua do fórum, Sra Maria Helena, ressaltou a importância do papel dos próprios cidadãos no processo de Educação Ambiental.

Outras questões levantadas foram:

· As péssimas condições dos calçamentos das ruas dos territórios;
· Questão sonora há muitos bares na região que funcionam a noite toda com o som em alto volume;
· Segurança há muitos furtos na região.


Tivemos também a presença da Defesa Civil, que explicaram que o trabalho deles consiste em 4 eixos: Prevenção, Socorro, Assistência e Recuperação. Cleber explicou que eles promovem cursos voltados à comunidade.

Encerramos a reunião, lembrando da reunião para o dia 2 de abril, para a elaboração do estatuto as pessoas que se dispuseram foram:Maria Helena, Antonelli, José, Circe, Camila, Meire, Felipe, Jacira, Rosangela, João, Amaury, Cleber e Mirian.

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